segunda-feira, 7 de julho de 2008

4. memórias socráticas


Lembro-me de tirar esta foto e de ter pensado no Sócrates, mas depressa me voltei a esquecer dele, e bem pior foi esquecer-me desta foto tão bonita (mais pelo objecto do que pela foto em si).
Ao mostrar algumas fotos a um amigo meu, todo o raciocínio que antecedeu o click da máquina emergiram na minha memória, O SIMPLEX DO SÓCRATES!
Era um golpe de génio usar este objecto como alegoria a todo o processo do simplex.
Objecto:
Extintor - adj., que extingue; s. m., aparelho para extinguir incêndios. (pretende-se extinguir todo o processo burocrático que predomina no nosso país).
Simplex - Nome simples, no entanto "moderno" que pretende aproximar um público jovem há muito descrente na política.

Modo de utilização:
"Para funcionar dê uma pancada na maçaneta" - Se substituíssem a delicada maçaneta pela cabeça do Exmo. Primeiro-ministro seria um verdadeiro sucesso! Isto, porque todos iriam aderir ao simplex nem que fosse para descarregar alguma raiva interna em relação às directivas políticas que o Sr. Exmo. tem posto em prática. Até aposto que ia aumentar o extravio de documentos para se poder pedir uma segunda via.

Será que o Exmo. Primeiro-ministro alguma vez se terá socorrido, talvez enquanto criança (sim, todos sabemos que as crianças gostam de brincar com o fogo), deste belo objecto?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

3. maratona fotográfica de lisboa


liga-me


No sábado passado, 28 de Junho, foi a 2ª maratona fotográfica digital de alfama organizado pela APPA (http://www.app-alfama.org). Adorei participar e acima de tudo conhecer as raízes de um bairro, para mim quase desconhecido, pelas suas gentes e actividades. É muito interessante ver o papel das colectividades na preservação da vida e costumes de um bairro.
Vou publicar aqui algumas fotos do passeio, não é estejam grande coisa, são fotos espontâneas que por alguma razão captaram a minha atenção.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

2. madrid


Madrid

1.

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração

António Ramos Rosa